quinta-feira, 11 de junho de 2009

Artigo: Ciberpunks: pessoas com atitude


“Hoje, PC serve de bandeira para outro movimento revolucionário e, como quase sempre nesses casos, são os jovens quem o encabeçam.Trata-se da revolução digital,informática ,ou seja lá que outro nome se queira dar a ela,que há uma década vem sacudindo a humanidade.É,em muitos casos,uma revolução tranqüila,pois seus protagonistas não tem de sair de casa para colocar-se na linha de frente da batalha.Mas não é uma revolução silenciosa:todo mundo,em todas as partes,fala dela,às vezes com muito estardalhaço”.

Juan Luis Cebrián tenta nos mostrar que os jovens dominam cada vez mais as novas tecnologias e de certa forma isso transforma a vida de todos nós. Surgem então,nesse contexto os ciberpunks que André Lemos caracteriza como:” os ciberpunks,reais e da ficção,encarnam o mito dos antigos aventureiros.A imagem do ciberespaço é aquela da conquista de novos mundos,não significando aqui dominação ou o controle de um território físico,mas exploração de novos territórios simbólicos:a colonização do ciberespaço.” Por isso, os ciberpunks vão além do que Juan Luis descreve, pois eles colocam- se na linha de frente da batalha. Os ciberpunks querem promover uma revolução não só no universo virtual, mas também fora dele, eles desejam quebrar paradigmas e mais ainda anseiam lutar contra toda forma de manipulação.
E como os ciberpunks divulgam suas idéias? Lemos diz: “A popularização da cultura ciberpunk deve muito aos medias de massa como jornais e revistas. Além dos livros de ficção – cientifica, as revistas são responsáveis pela a disseminação desse imaginário tecnológico, principalmente as pioneiras Boing – Boing, Hack Tick, 2600, Reality Hackers e depois Mondo 2000, Black Ice ou a brasileira Barata Elétrica.”. Embora eles mesmos façam as divulgações das suas idéias nessas revistas especificas e até mesmo através do ciberespaço, eles são alvos de muitos preconceitos, pois ao se falar o termo: “Ciberpunnk” muitas pessoas associam logo a alguém louco, tatuado, piercings pelo corpo e o cabelo pintado de vermelho. E na verdade não é bem assim, é preciso ter cuidado para não pensarmos de maneira equivocada e acabarmos não dando a devida intenção para o que os adeptos dessa cultura querem mostrar. Afinal, é errado pensar diferente, questionar e lutar por uma revolução?
Lemos(2003) diz: “Os ciberpunks recusam a utopia tecnológica. Eles jogam com as regras impostas pelo sistema tecnocrático e procuram, pela subversão e prazer, questionar o poder tecnológico moderno e populariza a idéia de que computadores são ferramentas de liberdade, prazer e comunicação, acessíveis a todos e não um privilegio da elite cientifica, ou militar – industrial... para os ciberpunks a tecnologia é visceral, ela invade o corpo e até mesmo a mente.”
Enfim, atecnologia é inerente aos ciberpunks. E como foi falado anteriormente é através dela juntamente com as atitudes ciberpunks veremos como será a “pós – modernidade presenteista”.
O lema dos ciberpunks segundo Lemos é: “A informação deve ser livre; o acesso aos computadores deve ser ilimitado e total. Desconfie das autoridades, lute contra o poder, coloque barulho no sistema, surfe essa fronteira, faça você mesmo”.



Bibliografia:

CEBRIAN, Juan Luis, A Rede, São Paulo, Summus Editorial, 1999, pg 31,70.
LEMOS André, Cibercultura, Salina, 2003, pg 189, 185, 197, 187.
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=14570888239193452416

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